Bailarina Ingrid Silva

Foto: Lucinda Grange.




Ingrid Silva nunca sonhou em ser dançarina. Foi por acaso que, aos oito anos de idade, ela começou a fazer aulas de balé no projeto social “Dançando Para Não Dançar”, como uma ocupação para não passar o dia inteiro nas ruas. Desde então, ela não parou mais. 

Após estudar em importantes escolas do Brasil, aos dezoito anos Ingrid ganhou uma bolsa de estudos no “Dance Theatre of Harlem” (DTH), a primeira companhia clássica do mundo para negros. A bailarina relata que esse foi um momento impar na sua vida, pois foi a primeira vez que ela não se viu como uma exceção em uma aula de balé. Ela finalmente se viu entre semelhantes.


Fotos: Steven Vandervelden, Underground NYC, Lucinda Grange e Scott Serio.




Mesmo com muitas dificuldades, aos poucos ela foi conquistando seu espaço dentro da companhia. Somente hoje, após mais de dez anos de dedicação, é que ela consegue ter a arte como seu sustento. A dança a levou longe: foi embaixadora cultural para os Estados Unidos ao dar workshops na Jamaica, em Honduras e em Israel. Participou do Brazil Foundation Gala em 2014 no Lincoln Center e foi destaque no filme Maré, Nossa História de Amor (Brasil). Recentemente, marcou presença na mídia nas revistas Vogue e Glamour no Brasil.

 “Por mais que eu me considere vitoriosa, todos os dias eu preciso quebrar uma nova barreira e provar para as pessoas do contra o porquê de eu estar aqui. E não pense que isso me desanima! Acho valioso poder mostrar que a dança tem muito mais diversidade hoje do que quando o balé começou. E eu faço parte disso. Não vim aqui à toa. Eu sou o diferencial!”, ela diz em uma entrevista.

Ingrid compreende a importância que sua trajetória pode ter para outras meninas como ela. “Ser uma mulher latina e negra no Balé significa ser a representatividade que eu nunca tive”, ela relata. Ela acredita que o palco deveria ser como o mundo é, ou seja, cheio de pessoas diversas. Dessa forma, as pessoas se sentiriam representadas.


Fotos: Alex Logaisk e Quinn Wharton.




Entendendo a importância que a representatividade pode ter na vida das pessoas, ela e os bailarinos Ruan Galdino e Fabio Mariano criaram o projeto “Blacks in Ballet”. O projeto visa dar visiblidade à história de bailarinos negros ao redor do mundo. Ele pode ser acessado pelo instagram:

https://www.instagram.com/blacksinballet/



Para conhecer mais sobre o trabalho da bailarina, você pode acessar seu site ou Instagram:

http://www.ingridsilvaballet.com/home-1
https://www.instagram.com/ingridsilva/



Assista a seguir um curta produzido sobre a história de Ingrid

Leave a Reply