Resumo do primeiro encontro do Ciclo de Encontros: Como Está a Arte nos Colégios de Aplicação?

Professor do CAp da UFRJ Maskin Barbosa em sua apresentação

Nesta segunda-feira (03/04), realizamos o primeiro dos seis encontros do nosso mais novo evento, o Ciclo de Encontros: Como Está a Arte nos Colégios de Aplicação? Tivemos o prazer de receber professores, estudantes e interessados de todo o Brasil. Ficamos muito felizes ao receber depoimentos extremamente positivos dos participantes. Isso mostra que estamos na direção certa! E o melhor de tudo é que ainda estamos só no começo!

Iniciamos com o professor do CAp. João XXIII e coordenador do Arte em Trânsito Pedro Dutra explicando a importância da conversa entre os docentes dos CAps. Pedro foi o mediador da noite e fez um ótimo trabalho ao contar a experiência que vivemos no nosso colégio, assim como a origem do Ciclo de Encontros no debate sobre o ensino da Arte.

Foram cerca de duas horas (que passaram muito rápido) discutindo o tema Professor/Pesquisador/Artista na Educação Básica, além de questões como as dificuldades no ensino da Arte e diferenças nos formatos dos CAps.

O professor do CAp. da UFRJ Maksin Barbosa Oliveira foi o primeiro a apresentar. “O artista que educa e o educador que faz arte” foi o título escolhido por Maksin. O professor de teatro falou sobre a linha tênue entre artista e professor e a constante pesquisa para ampliar referências e ajudar no diálogo com a turma. Para ele, isto é um trabalho conjunto com os estudantes, que, de uma forma ou de outra, também pesquisam. “Nessa perspectiva que agora eu trago, não consigo separar ‘professor, pesquisador e artista”, disse Maksin. 

Logo em seguida, a professora de artes visuais Clarissa Machado Belarmino teve a sua vez com o trabalho “Uma experiência têxtil no/para o Ensino de Artes no Colégio de Aplicação da UFPE”. Clarissa relatou sua vivência com os alunos do 7º ano, que passaram a conhecer práticas e artistas que produzem Arte Têxtil, a partir dos trabalhos do projeto de extensão “Tramações: Narrativas Têxteis e Memorias”. E não parou por aí: os estudantes puderam criar seus próprios trabalhos de tecelagem, confira abaixo:

Fechando as apresentações, a professora do Centro Pedagógico da UFMG Sílvia Amélia Nogueira de Souza trouxe uma discussão importantíssima com diagramas sobre o conceito de “Artista-etc.”. “Diagrama de forças: uma Artista Etc na docência da Educação Básica em um Colégio de Aplicação” tratou sobre as interações artista-pesquisador(a), artista-professor(a), artista-artista e artista-etc, e as diversas funções atribuídas aos professores. Sílvia nos mostrou um “campo de intersecção”: um nó. O eixo “tempo de vida” também cruza com estes pontos e ele pode ser representado por “amigos, descanso, sonho, lugares sociais, casa”, são os feixes de conexão, como explica a professora.  

Através de um desenho de uma gangorra, Sílvia relevou as diferenças e as similaridades entre a pesquisa artística e a pesquisa acadêmica e como elas são integradas à sociedade. Além disso, a professora compartilhou visitas escolares à uma exposição com trabalhos de sua autoria e produções muito ligadas à natureza de seu alunado. 

Ao final, tivemos bastante tempo para discutir as questões levantadas durante o encontro com importantes falas do público, que contribuiu bastante para a conversa. O próximo encontro será dia 08/05, às 19h, com o tema “Arte no Ensino Fundamental”, com a participação das professoras Niedja Ferreira dos Santos Torres, Liana Lobo Baptista e Kely Elias de Castro. Não perca!

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