MUVUKA é um grupo de percussão formado em meados de 2019 na cidade de Juiz de Fora, no bairro Borboleta. Ele é composto por pessoas da comunidade, que em sua maioria tiveram seu primeiro contato com a percussão por meio do próprio grupo. O MUVUKA tem como principal apoio e influência os blocos soteropolitanos Olodum e Ilê Aiyê.

O grupo trabalha com ritmos afro-baianos, utilizando toques de tambores relacionados ao Samba-reggae (Olodum), o Samba-afro (Ilê Aiyê) e algumas canções que englobam o Axé Music.  Estes tambores agregam expressões de vida e tradições do afro- baiano urbano, cultivando um senso de identidade e continuidade dos valores socioculturais afrobrasileiros, ao mesmo tempo em que transmite de geração em geração sua musicalidade. Com isso, o MUVUKA contribui para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana por meio do ritmo percussivo, um verdadeiro símbolo da cultura baiana e um fenômeno de resistência cultural.

Além dos trabalhos de apresentações, o MUVUKA procura estabelecer comunicação com a comunidade por meio das culturas afro, ofertando oficinas de percussão, danças e artes visuais para a classe mais vulnerável de Juiz de Fora. O grupo parte do entendimento de que as pessoas que participam de uma atividade artística de matriz africana desenvolvem engajamento e entendimento sobre questões raciais e socioeconômicas que permeiam as culturas afro. Esse engajamento possibilita influenciar políticas públicas a fim de torná-las mais eficientes e capazes de impactar a faixa mais vulnerável da sociedade.

O MUVUKA acredita que as apresentações e oficinas artístico-culturais são uma ação de caráter social na medida em que o crescimento artístico possibilitado por essas ações também leva a um crescimento pessoal. O grupo também acredita que essas ações afastam os atores sociais das situações de risco muitas vezes presentes em comunidades de baixa renda, além de colocá-los no patamar de ícones e líderes em sua comunidade, influenciando positivamente os demais.


Fotos por Igor Tibiriçá e João Paulo Brum



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