Pedro Garcia, o Cartiê Bressão

Pedro Garcia, filho do Rio de Janeiro, decide começar a retratar a “Cidade Maravilhosa” após uma epifania de Carnaval. Se utiliza então de um codinome abrasileirado de Henri Cartier-Bresson, o pai do fotojornalismo, com sua visão sensível em retratar o infinito dos momentos: “le chasseur de l’éphémère”, o caçador do efêmero. Pedro e Henri possuem uma coisa em comum: conseguem unir elementos visuais e psicológicos, unir o olhar e o coração através da imagem.

Cartiê Bressão, como se autodenomina Pedro nas redes sociais, cria fotografias com elementos brasileiros e conduz a interpretação das pessoas pelo método afetivo, não-racional, de reconhecimento e aproximação com o que as obras podem aflorar. Pedro brinca com os títulos das obras, fundindo o “carioquês” com o francês, mostrando o jeito brasileiro de encarar a vida, retratando momentos que podem ser assimilados facilmente por aqueles que vivem neste país. Retrata o carnaval, manifestações populares, pessoas trabalhando, jogando bola na praia, objetos e situações que remetem à vida cotidiana carioca, principalmente.

“Paz e tranquilidade na cachoeira” – obra de Pedro Garcia <https://www.instagram.com/p/CKe5gwPnHdG/>

O fotógrafo começou com uma conta no instagram onde publicava suas obras e, hoje, já possui trabalhos em diversas mídias nacionais e internacionais, na Galeria Tempo, na ArtRio, Palácio do Planalto e no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Pedro aproxima o público de suas fotografias de maneira bem-humorada e sensível, que traz nostalgia e saudade, sobretudo nesses tempos de pandemia.