Mesa Relatos de Experiência: Diálogos Docentes: Artes Visuais

MESA 4 – RELATOS DE EXPERIÊNCIA – 22 DE SETEMBRO


TREINAMENTO PROFISSIONAL EM AULAS DE ARTES VISUAIS NA ESCOLA

AUTORA: Gabriela Morais de Paula

RESUMO:

Este relato refere-se a minha experiência como bolsista de treinamento profissional da professora Andréa Senra Coutinho, no Colégio de Aplicação João XXIII – UFJF, acompanhando as turmas de 6º a 8º anos durante o ano letivo de 2015 e com uma turma do 4º e três do 5º ano no ensino fundamental, e as turmas do 3º ano do ensino médio durante o ano letivo de 2016, em andamento. As atividades foram rodeadas de surpresas e desafios, a dinâmica da sala de aula é bem mais complexa do que eu poderia supor, envolve inúmeras variáveis que devem ser superadas diariamente, desenvolvendo uma experiência e amadurecimento profissional enormes. Poder observar a forma como uma profissional experiente lida com cada situação em uma sala de aula é de grande valia para uma professora em formação, que ao se deparar com essas surpresas poderia ficar sem reação, sucumbindo aos diversos reveses que surgem com cada nova aula ministrada. O relato será baseado nos aspectos que se destacaram em minha rotina de aprendizado durante todo o período do treinamento, dando ênfase aos processos utilizados pela professora em sala de aula para abordar os assuntos e envolver os alunos com a matéria, assim como a dinâmica proposta pela professora para me envolver nas atividades diárias e, consequentemente, me preparar para lecionar aulas futuramente. Descrevendo também algumas das situações enfrentadas e as soluções encontradas. Finaliza discutindo a importância do treinamento profissional do ponto de vista de uma graduanda que passou por esse treinamento e almeja chegar à docência.


A CERÂMICA COMO PROCESSO: DA VIVÊNCIA À EDUCAÇÃO – DA EDUCAÇÃO À EXPERIÊNCIA

AUTORAS: Daniele de Sá Alves e Beatriz Vidal

RESUMO:

Dois conceitos principais são explorados neste artigo: processo e experiência. A questão se desenvolve com uma reflexão sobre de que forma esses dois conceitos se tornam presença sensível em histórias reais, e de que forma a vivência de processos que falam de tradição, de saberes, de exemplo e de prática se presentificam em experiências significativas na educação. Tais conceitos são explorados a partir da vivência da cerâmica enquanto processo que permeia a experiência de vida de uma mãe – Annie Lupor ini e sua filha – Tiza Vidal, ceramistas do interior do Rio de Janeiro. A questão tem seu foco em como processos tradicionais e técnicas passadas de geração para geração se tornam percursos pedagógicos por meio da prática educativa em ateliês e escolas na cidade sul fluminense de Vassouras. Nesse momento percebemos personagens que fundem seus ofícios entre a pesquisa, a criação artística e a docência, neste sentido, buscamos um paralelo com a Metodologia de Pesquisa Educacional Baseada em Artes – a/r/tografia e com a fenomenologia de Merleau-Ponty. Além disso, compartilhamos uma experiência prática deste processo por meio de um projeto semestral para o 5º ano do ensino fundamental que contou com a investigação sobre máscaras desde a pré-história até a contemporaneidade. Ao refletir, sobre experiências de vida, teorias, metodologias e processos educativos, percebemos o desafio que aí reside. Sabemos que a presença da arte na escola se justifica, sobretudo, porque se faz imprescindível fora dela, ao trazer um exemplo vivo de ceramistas que compartilham o seu saber e seu modo de fazer, percebemos o quanto a experiência da arte da cerâmica na vida de Annie Luporini e sua filha Tiza Vidal completam o sentido de sua pesquisa pessoal e sua prática docente. Este é um processo que se retroalimenta: ser professora, ser pesquisadora e ser artista são três facetas, sem hierarquias, destas ceramistas que, com seguem transformando barro em arte por meio da educação.


EJERCICIOS PARA UNA RESISTENCIA 

AUTORES: Carolina Hernández Esguep e Leonardo Escobar de la  Fuente  

RESUMO:

ANTECEDENTES DE LA RESISTENCIA Esta obra se inserta en la intervención del espacio público de las vitrinas de la Estación Mapocho del proyecto AVISTAMIENTO EJERCICOS PARA LA MIRADA del año 2013 entre los meses de Mayo y junio Poner nota de prensa de LUN Con este formato simple y sin mayores pretensiones se cuestiona el objeto del arte y sus estrategias formales, siendo el discurso político de las demandas estudiantiles el pretexto para salir de las murallas de una galería y estrechar la distancia entre arte, pensamiento y vida.


 

O ARTISTA NO ESPAÇOTEMPO DA ESCOLA MUNICIPAL BOM PASTOR

AUTORES: Fabrício da Silva Teixeira Carvalho e Bruna Tostes de Oliveira

RESUMO:

Há cerca de dez anos trabalhamos em ações nas quais procuramos desdobrar arte em processos formativos através da criação, ensino e pesquisa. A proposta deste trabalho deriva de ações realizadas por um artista e uma professora de arte junto a uma escola pública brasileira em 2016. As ações foram realizadas no espaço escolar com base no processo de criação de um trabalho de intervenção artística que desenvolvemos em galerias e museus. Trata-se de construções erguidas com ripas de madeira que dão origem a formas derivadas do quadrado, transformadas em blocos tridimensionais irregulares e flexíveis conectados em sequência. A irregularidade e a flexibilidade das formas gera um “esqueleto” que se desenvolve através do espaço criando um labirinto visual com o qual se pode interagir corporalmente. Com um grupo de 70 crianças, além de professores e pais, as pessoas foram convidadas a participar da construção do trabalho artístico, contribuindo diretamente para a intervenção. Tal processo se deu a partir da medida da altura dos corpos nas ripas (Vitrúvio) que depois de cortadas foram pintadas de preto ou branco (produzindo noções de luz e sombra, alto e baixo, etc) e unidas para formar quadrados de diversos tamanhos. Em meio a diferentes movimentos (Bruce Nauman, Hélio Oiticica), as pessoas articularam os quadrados para formarem blocos geométricos irregulares. Esses blocos foram conectados gerando uma estrutura que atravessou o espaço escolar. O trabalho pretende contribuir para reflexões sobre a importância da arte como processo de formação em diferentes contextos, apresentando mais que uma exposição de procedimentos “didáticos”, mas trazendo elementos que, embora tenham qualidades “plásticas,têm valor simbólico relacionado ao desenvolvimento de um processo de criação coletiva que mesmo acontecendo à maegem de um contexto “curricular” tradicional das escolas brasileiras, produziu arte, fazendo mover alguns de seus conceitos fundamentais como espaço e corpo.

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